segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ensaio sobre a cegueira.

Acordo no meio da madrugada um tanto nostálgico, totalmente sem sono resolvi então assistir a um filme, fiquei em dúvida em qual ver, mas me decidi por “Ensaio sobre a cegueira” que é um romance do escritor português José Saramago, publicado em 1995 e traduzido para diversas línguas. Foi adaptado para o cinema por Fernando Meirelles.
O romance aborda a emergência de uma inédita praga de uma repentina cegueira abatendo uma cidade não indentificada, inexplicável e incurável – A tal “cegueira branca” chamada assim pelos afectatos que percebem em seus olhos uma superficie leitosa.
Manifesta-se primeiramente em um homem sentado no trânsito e, lentamente, se espalha pelo país. Aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos, pela obscuridade, a meros seres lutando por seus instintos. À medida que os infectados pela epidemia são colocados em quarentena, em condições desumanas, e os serviços estatais começam a falhar, a trama segue a mulher de um médico, a única pessoa que não é afectada pela doença que cega todos os outros.
O romance nos mostra o desmoronar completo da sociedade que, por causa da cegueira, perde tudo aquilo que considera como civilização.
Enfim um filme incrivel, a adapitação perfeita. O que foi bacana é que o fernando mostrou de uma forma clara a real a imagem do ser humano como espécie independete de valores ou de status.
Ensaio sobre a cegueira mostra a profunda humanidade dos que são obrigados a confiar uns nos outros quando os seus sentidos físicos os deixam. O brilho branco da cegueira ilumina as percepções das personagens principais, e a história torna-se não só um registro da sobrevivência física das multidões cegas, mas também das suas vidas espirituais e da dignidade que tentam manter. Mais do que olhar, importa reparar no outro. Só dessa forma o homem se humaniza novamente.
Ouvindo Adriana Calcanhoto- Porto Alegre

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Breve hiato de existência.

Somos como fagulhas vivas que cintilam durante poucos anos no teatro da vida e depois se apagam tão misteriosamente quanto se acenderam.Nada é tão fantástico quanto a vida, mas nada é tão efêmoro e fugaz quanto a ela.
Alguns tem fortunas, mas mendigam o pão da alegria; tem cultura, mas falta-lhes o pão da tranqüilidade, tem fama, mas são parceiros da solidão.
hoje estamos aqui, amanhã seremos uma página na história. Um dia, tomaremos na solidão de um túmulo e ali não haverá aplausos, dinheiro, bens materias. Que histórias escrevemos? Que sementes plantamos?

Ouvindo Pitty-Anacronico